Esfinge
Acordo-te de uma sonolência
de esfinge. Quem és? pergunto, em
que deserto procuraste o amor, e
que oásis se desfez nos teus
dedos, quando o tocaste?
Há um voo de ave perdida
nos teus olhos, quando os pousas
no chão, e um reflexo de charco
te faz subir ao céu onde as nuvens
chegam com o outono.
Não penses no inverno
inexorável; e guarda o pássaro
de algures na gaiola da tua
alma, para que o seu canto
te alegre nas noites mais frias.
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