Como se tivesse todo o tempo, não
se lembra do tempo que foi, nem pensa no que
há-de vir. O tempo é a mesa vazia onde
nada cabe, como se estivesse cheia; e
entre passado e futuro as sombras
alargam-se pelo chão, desenhando
a escadaria por onde desceu, até
hoje, numa incerteza de passos
infalíveis.
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